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Agradecimento Debora

A Enfermagem e os desafios da profissão

Essa foi uma das frases ditas pela enfermeira Débora Moura Miranda Goulart que participou no mês passado do primeiro de uma série de encontros remotos promovido pela Quinelato – Instrumentos Cirúrgicos para falar de temas importantes para estudantes e profissionais da área da saúde.

16-09- Webserie Debora 1 - FBPost do perfil no Instagram @quinelatohospitalar convidando para o encontro com a Enfa. Débora Goulart.

Com formação, especialização e experiência em áreas que envolvem o trabalho da enfermagem, Débora está concluindo o Doutorado em Programa de Pós Graduação da Faculdade de Enfermagem  da Universidade Federal de Goiás – UFG e atualmente é Membro do Núcleo de Estudos e Pesquisa de Enfermagem em Prevenção e Controle de Infecções Relacionadas à Assistência em Saúde – NEPIH.

Em sua palestra “O enfermeiro além do leito”, realizada no final do mês de setembro, a especialista expôs o assunto para internautas, trazendo uma dúvida de início: vocês realmente sabem o que faz um enfermeiro? “O enfermeiro é o profissional da saúde responsável pela prevenção, promoção e recuperação à saúde, assistência em todas as especialidades, gestão e liderança, processos operacionais, avaliação de qualidade, elaboração de indicadores, entre outros. Além disso, o enfermeiro está na formação de novos profissionais por meio do ensino e no desenvolvimento de tecnologias e pesquisas. Muitos não sabem o que é um enfermeiro e o que ele faz. Acredito que parte dessa situação pode ser responsabilidade dos próprios enfermeiros, e a outra parte pelas condições de trabalho somada a existência de algumas marcas da trajetória histórica da profissão que permanecem vivas em detrimento de sua evolução tecnológica e científica”, definiu.
Sobecc (002) A Enfermeira Débora Goulart durante palestra.

O Presente e o Futuro da Profissão

“Pensando no futuro, com um déficit de 5,9 milhões de enfermeiros no mundo, definitivamente a enfermagem não desaparecerá”, diz Débora. Porém destaca que é preciso refletir sobre quais fatores trouxeram a profissão numa situação de invisibilidade e desvalorização. “O enfermeiro precisa ser visto para ser valorizado, mas para ser visto, penso que algumas coisas precisam mudar. Nesse sentido, acredito na necessidade de reformulação curricular e no desenvolvimento de habilidades em finanças, tecnologia e inovação.  No Brasil, diferente do que acontece em outros países e em outras categorias profissionais, os enfermeiros não são reconhecidos por suas especializações e titulações (mestrado e doutorado). As habilidades e competências são desmerecidas com consequente prejuízo na qualidade da assistência e desmotivação do profissional”, diz.

Aula CC1 (002)

Excesso de Responsabilidades

A sobrecarga de trabalho é outra questão grave. Apesar de legalmente ser estipulado o dimensionamento dos profissionais de enfermagem considerando por exemplo o número de pacientes, suas condições clínicas e tipo de assistência, ela diz que isso não é seguido na prática. “A alta demanda interfere na qualidade do serviço, aumenta o risco de erros, compromete a saúde dos enfermeiros e gera sua invisibilidade. Sem tempo até mesmo para registrar sua assistência, parece que o enfermeiro nem esteve no setor. Conhecido pelo seu dinamismo, assumem de maneira quase heroica, vários setores e múltiplas atividades, por que não permite deixar o paciente desassistido. Mas é hora de os enfermeiros pensarem sobre esse ‘heroísmo’ porque para os gestores tornou-se conveniente”. E complementa: “acredito na enfermagem, mas desejo que o enfermeiro tenha mais consciência da sua importância e não aceite situações em que ele não poderá desenvolver uma assistência com o no mínimo, excelência nos resultados”.

Parceria com a Quinelato

Até então atuando em Centros Cirúrgicos, em 2015, Débora iniciou uma especialização em Central de Material Esterilizado (CME) o que a fez se interessar muito por essa área. “No final da especialização, eu estava auxiliando na compra de instrumentos cirúrgicos de um grande hospital”, conta.  O trabalho do profissional de CME possui foco na segurança da assistência e gestão de recursos, buscando parcerias com empresas que podem auxiliá-lo nesses objetivos. “As falhas em instrumentais cirúrgicos podem ocorrer devido a presença de defeitos de fabricação, montagem ou manuseio. Assim, os instrumentos devem ter boa qualidade no seu processo de fabricação e os enfermeiros devem ter conhecimento das especificidades técnicas dos instrumentos para definir os protocolos do processamento. Más práticas podem ocasionar danos aos instrumentos, comprometer a funcionalidade e criar imperfeições de superfície que podem abrigar microrganismos e sujidade”. Por isso, Débora diz que a parceria com a Quinelato surgiu pelo interesse mútuo em buscar respostas e resultados cada vez melhores. “A união de instrumentos de qualidade e eficiência no processo de limpeza e esterilização, resulta em economia com reposição e manutenção dos instrumentos e segurança do paciente. A Quinelato é uma empresa diferenciada no mercado. Conta com uma equipe alinhada com sua missão. Sempre interessada no que acontece na prática e disposta a fazer o que for possível para ajudar, mantendo-se focada em desenvolver os melhores produtos e contribuir para a assistência segura dos pacientes”, finaliza.

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